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terça-feira, 17 de março de 2015

CÂNCER: O INIMIGO INAPRECIÁVEL

A HISTÓRIA NATURAL DO CÂNCER OU PROGRESSÃO TUMORAL


Todo sofrimento começa ao receber um laudo constatando uma neoplasia, essa alteração ocorre a nível celular sendo essa a menor unidade morfofuncional que compõe o ser vivo. Alteração celular pode ser causado por inflamações por fatores externos ou mecanismos genéticos após o inicio da alteração de uma célula, a velocidade pela qual isso tem lugar depende das mudanças da célula e das mudanças nos hospedeiros.
Em um extremo, se somente os sítios “transformantes” são, as células tumorais resultantes ainda reterão muito da estrutura diferenciada normal e função da célula da qual se originam.
No outro extremo, as células podem ter perdido quase todas as características normais da célula da qual se originam. A perda das características normais é conhecida por desdiferenciação ou anaplasia.
Acreditava-se que os tumores se originavam de uma única célula alterada, isto é, tinham uma origem clonal. Mas mesmo se fosse verdade, não há dúvida que até o momento no qual o tumor é clinicamente detectável, se ele se originou de uma ou mais células, está presente por muito tempo e as células foram submetidas a um grande número de divisões celulares, que causaram a variação e seleção de diferentes populações celulares.
Muitos cânceres desenvolvem-se em pessoas mais velhas e um número considerável de pacientes não morrem em conseqüência da doença, mas devido a alguma condição não relacionada, como doenças cardíacas, infecções incidentais ou mesmo com resultado de um acidente. Eventos relacionados aos tumores podem causar a morte direta ou indiretamente, dependendo da localização do tumor e da extensão de seu espalhamento. Uma causa comum de morte é devido ao comprometimento de órgãos vitais, seja por invasão local ou por metástases a distância, por exemplo, no cérebro, no fígado ou no pulmão. Raramente a morte é causada por hemorragia, mas mais frequentemente anemia e queda do estado físico geral inexplicadas podem levar à diminuição da resistência a infecções; sendo assim, são comuns a broncopneumonia e a infecção do trato urinário (pielonefrite). Em muitos casos, ainda, não é possível estabelecer a causa imediata da morte.
O conhecimento atual da biologia célula cancerosa leva a crer que, no momento a parti do qual o câncer pode ser diagnosticado (volume estimado de 1ml ou 1cm3), ele contém aproximadamente 1 x 109 células transformadas, com possibilidades de cura, é necessário diagnosticar aqueles tumores que ainda não invadiram a membrana basal.
Um dos objetivos dos programas de assistência à população é diagnosticar carcinomas assintomáticos; o que tem sido de alta eficácia na redução da taxa de mortalidade do carcinoma de colo uterino, a partir da utilização rotineira do exame colpocitológico.

Referências: FRANKS, L.M. Introdução à Biologia Celular e Molecular do Câncer / L.M. Franks, N.M. Teich; [organização, revisão e tradução Maria Mitzi Brentani, Roger Chammas]. – São Paulo, 1990.

Não perca a próxima matéria em relação ao câncer no colo do útero!

Bruno Ricardo S. dos Santos
e-mail: brunoricsan@gmail.com
Bacharelando em Biomedicina
Faculdade Nobre de Feira de Santana

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