A
descoberta dos raios x ocorreu em 1895 por Roentgen, a técnica de obtenção de
imagens do interior dos corpos pelo uso dos raios x permite entre muitas
aplicações, a identificação de fraturas ósseas e doenças pulmonares.
Roentgen
dedicou sua vida acadêmica ao ensino e a física experimental, decidiu estudar a
radiação eletromagnética de alta freqüência prevista por Helmholtz seguindo
anotações dos estudos feitor por Philipp Lenard, seu discípulo direto.
Roentgen
consegue um tudo de Lenard aperfeiçoado e começa a pesquisar o assunto. No tubo
aperfeiçoado de Lenard, havia uma pequena janela de alumínio no mesmo lado do
anodo, por onde passavam os raios catódicos. Em 8 de dezembro de 1895, para
enxergar melhor, Roentgen escureceu o ambiente e envolveu o tubo num papel
preto, para evitar que a luminosidade do tubo fosse vista. Assim poderia ver
melhor os efeitos dos raios catódicos externamente. Próximo ao tubo estava uma
placa coberta com sais de platinocianeto de bário, uma substância muito
utilizada pelos cientistas que, quando excitada, se tornava fluorescente.
Na
época, além da condução da eletricidade, também eram pesquisados os materiais
que tinham a propriedade de se tornarem fluorescentes. A placa de
platinocianeto de bário estava numa bancada de trabalho a uma certa distância
do tubo de Lenard. O tubo não emitia nenhum raio de luz pelo fato de estar
recoberto com papel. No entanto, Roentgen notou a fluorescência no
platinocianeto de bário, apesar da distância que o separava do tubo e da
escuridão da sala. Com sua perspicácia e, minucioso que era, percebeu que algo
emanava do tubo e incidia na placa, que se tornava fluorescente. Essa
observação foi o que o diferenciou dos demais cientistas. Seus colegas
observaram o mesmo fenômeno; no entanto, não tiveram a sensibilidade de
perceber que se tratava de uma nova forma de energia que ainda não havia sido
descrita.
Os
testes continuaram, a intensidade da fluorescência aumentava quando se
aproximava da placa, não deixando mais dúvida de que o estímulo que causava a
fluorescência vinha do tubo. Entusiasmado, Roentgen começou a investigar
imediatamente esse fenômeno, colocando diversos materiais entre a placa
fluorescente e o tubo, como: madeira, alumínio e até sua própria mão, e seu
entusiasmo aumentou ainda mais ao notar a sombra de seus ossos na placa
luminescente. E então, percebeu que a descoberta seria um grande passo para a
Medicina.
Os
raios são radiações do tipo eletromagnéticas, pois não sofrem desvio em campo
elétrico ou magnético; podem ser detectados através de cintilações numa tela
fosforescente ou de impressões, numa chapa fotográfica; tornam-se mais
penetrantes após passarem por absorvedores; produzem radiações secundárias em
todos os corpos que atravessam; propagam-se em linha reta para todas as
direções; tornam-se gases; condutores elétricos (ionização atravessam o corpo
tanto melhor quanto maior for a tensão no tubo (kV). Roentgen testa a
transparência de vários materiais, verificando que duas propriedades são
importantes: sua densidade e espessura. Quanto mais densos e espessos, menos
transparentes se tornam. E constata que os raios x são produzidos pelo choque
de raios catódicos numa chapa de alumínio.
Em
22 de dezembro de 1895, trouxe para o laboratório sua esposa, Bertha, para
fazer parte da sua experiência. Colocou sua mão esquerda sobre um filme fotográfico
e a expôs aos raios cerca de 15 minutos. Assim pôde confirmar suas experiências
e realizar a primeira radiografia da história da Medicina.