Olhar Biomédico

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quinta-feira, 19 de março de 2015

A descoberta da radiação X: UM AVANÇO PARA A MEDICINA


A descoberta dos raios x ocorreu em 1895 por Roentgen, a técnica de obtenção de imagens do interior dos corpos pelo uso dos raios x permite entre muitas aplicações, a identificação de fraturas ósseas e doenças pulmonares.
Roentgen dedicou sua vida acadêmica ao ensino e a física experimental, decidiu estudar a radiação eletromagnética de alta freqüência prevista por Helmholtz seguindo anotações dos estudos feitor por Philipp Lenard, seu discípulo direto.
Roentgen consegue um tudo de Lenard aperfeiçoado e começa a pesquisar o assunto. No tubo aperfeiçoado de Lenard, havia uma pequena janela de alumínio no mesmo lado do anodo, por onde passavam os raios catódicos. Em 8 de dezembro de 1895, para enxergar melhor, Roentgen escureceu o ambiente e envolveu o tubo num papel preto, para evitar que a luminosidade do tubo fosse vista. Assim poderia ver melhor os efeitos dos raios catódicos externamente. Próximo ao tubo estava uma placa coberta com sais de platinocianeto de bário, uma substância muito utilizada pelos cientistas que, quando excitada, se tornava fluorescente.
Na época, além da condução da eletricidade, também eram pesquisados os materiais que tinham a propriedade de se tornarem fluorescentes. A placa de platinocianeto de bário estava numa bancada de trabalho a uma certa distância do tubo de Lenard. O tubo não emitia nenhum raio de luz pelo fato de estar recoberto com papel. No entanto, Roentgen notou a fluorescência no platinocianeto de bário, apesar da distância que o separava do tubo e da escuridão da sala. Com sua perspicácia e, minucioso que era, percebeu que algo emanava do tubo e incidia na placa, que se tornava fluorescente. Essa observação foi o que o diferenciou dos demais cientistas. Seus colegas observaram o mesmo fenômeno; no entanto, não tiveram a sensibilidade de perceber que se tratava de uma nova forma de energia que ainda não havia sido descrita.
Os testes continuaram, a intensidade da fluorescência aumentava quando se aproximava da placa, não deixando mais dúvida de que o estímulo que causava a fluorescência vinha do tubo. Entusiasmado, Roentgen começou a investigar imediatamente esse fenômeno, colocando diversos materiais entre a placa fluorescente e o tubo, como: madeira, alumínio e até sua própria mão, e seu entusiasmo aumentou ainda mais ao notar a sombra de seus ossos na placa luminescente. E então, percebeu que a descoberta seria um grande passo para a Medicina.
Os raios são radiações do tipo eletromagnéticas, pois não sofrem desvio em campo elétrico ou magnético; podem ser detectados através de cintilações numa tela fosforescente ou de impressões, numa chapa fotográfica; tornam-se mais penetrantes após passarem por absorvedores; produzem radiações secundárias em todos os corpos que atravessam; propagam-se em linha reta para todas as direções; tornam-se gases; condutores elétricos (ionização atravessam o corpo tanto melhor quanto maior for a tensão no tubo (kV). Roentgen testa a transparência de vários materiais, verificando que duas propriedades são importantes: sua densidade e espessura. Quanto mais densos e espessos, menos transparentes se tornam. E constata que os raios x são produzidos pelo choque de raios catódicos numa chapa de alumínio.
Em 22 de dezembro de 1895, trouxe para o laboratório sua esposa, Bertha, para fazer parte da sua experiência. Colocou sua mão esquerda sobre um filme fotográfico e a expôs aos raios cerca de 15 minutos. Assim pôde confirmar suas experiências e realizar a primeira radiografia da história da Medicina.


terça-feira, 17 de março de 2015

CÂNCER: O INIMIGO INAPRECIÁVEL

A HISTÓRIA NATURAL DO CÂNCER OU PROGRESSÃO TUMORAL


Todo sofrimento começa ao receber um laudo constatando uma neoplasia, essa alteração ocorre a nível celular sendo essa a menor unidade morfofuncional que compõe o ser vivo. Alteração celular pode ser causado por inflamações por fatores externos ou mecanismos genéticos após o inicio da alteração de uma célula, a velocidade pela qual isso tem lugar depende das mudanças da célula e das mudanças nos hospedeiros.
Em um extremo, se somente os sítios “transformantes” são, as células tumorais resultantes ainda reterão muito da estrutura diferenciada normal e função da célula da qual se originam.
No outro extremo, as células podem ter perdido quase todas as características normais da célula da qual se originam. A perda das características normais é conhecida por desdiferenciação ou anaplasia.
Acreditava-se que os tumores se originavam de uma única célula alterada, isto é, tinham uma origem clonal. Mas mesmo se fosse verdade, não há dúvida que até o momento no qual o tumor é clinicamente detectável, se ele se originou de uma ou mais células, está presente por muito tempo e as células foram submetidas a um grande número de divisões celulares, que causaram a variação e seleção de diferentes populações celulares.
Muitos cânceres desenvolvem-se em pessoas mais velhas e um número considerável de pacientes não morrem em conseqüência da doença, mas devido a alguma condição não relacionada, como doenças cardíacas, infecções incidentais ou mesmo com resultado de um acidente. Eventos relacionados aos tumores podem causar a morte direta ou indiretamente, dependendo da localização do tumor e da extensão de seu espalhamento. Uma causa comum de morte é devido ao comprometimento de órgãos vitais, seja por invasão local ou por metástases a distância, por exemplo, no cérebro, no fígado ou no pulmão. Raramente a morte é causada por hemorragia, mas mais frequentemente anemia e queda do estado físico geral inexplicadas podem levar à diminuição da resistência a infecções; sendo assim, são comuns a broncopneumonia e a infecção do trato urinário (pielonefrite). Em muitos casos, ainda, não é possível estabelecer a causa imediata da morte.
O conhecimento atual da biologia célula cancerosa leva a crer que, no momento a parti do qual o câncer pode ser diagnosticado (volume estimado de 1ml ou 1cm3), ele contém aproximadamente 1 x 109 células transformadas, com possibilidades de cura, é necessário diagnosticar aqueles tumores que ainda não invadiram a membrana basal.
Um dos objetivos dos programas de assistência à população é diagnosticar carcinomas assintomáticos; o que tem sido de alta eficácia na redução da taxa de mortalidade do carcinoma de colo uterino, a partir da utilização rotineira do exame colpocitológico.

Referências: FRANKS, L.M. Introdução à Biologia Celular e Molecular do Câncer / L.M. Franks, N.M. Teich; [organização, revisão e tradução Maria Mitzi Brentani, Roger Chammas]. – São Paulo, 1990.

Não perca a próxima matéria em relação ao câncer no colo do útero!

Bruno Ricardo S. dos Santos
e-mail: brunoricsan@gmail.com
Bacharelando em Biomedicina
Faculdade Nobre de Feira de Santana

domingo, 8 de março de 2015

MAS O QUE É CÂNCER?

A pesquisa em prol da cura do câncer não para! Por mais que seja simples o processo de alteração celular as diferentes manifestações dos cânceres não são de fácil compreensão e dependendo do órgão afetado e o tecido o seu prognóstico pode não ser satisfatório e o número de pessoas vítimas desse processo patológico cresce por isso o câncer é um problema importante, pelo menos um em cada cinco pessoas desenvolverá câncer, isso mesmo amigo leitor imagino que isto te assuste, por essa razão torna-se importante conhecê-lo, controlá-lo ou, melhor ainda, preveni-lo.

O câncer é na verdade uma desordem de cunho celular, você deve estar se perguntando como uma célula alterada pode causar tamanho impacto, o processo de multiplicação de células é determinado de mitose e para que a mesma ocorra é necessário que ocorra a intefase que é composta da fase G1, S E G2 que é onde ocorre a duplicação do DNA, crescimento e síntese caso a célula não esteja preparada para sofrer divisões a mesma acaba estacionando em um período de G0, no entanto o câncer consegue burla o mecanismo de identificação celular e a mesma acaba sofrendo várias mitoses, pois bem se existem uma célula cancerígena com o DNA alterado logicamente a síntese de proteínas irá originar proteínas alteradas que não irá realizar o seu papel naquele determinado órgão, se essa mesma célula sofre processos de mitoses, teremos um conjunto de várias células cancerígenas formando um inchaço conhecido de tumor.

Experimentos com animais sugerem que vírus podem estar associados à iniciação de alguns cânceres, principalmente no grupo das leucemias outro exemplo é o câncer do colo do útero podendo ser causado pelo vírus do HPV.

A partir de experimentos com animais e estudos epidemiológicos é sabe-se que há uma base genética, isto é, associada ao DNA, que explica essa resposta variável. Esta mudança vêm sendo analisadas, tanto a nível celular (cromossomo) quanto molecular. Algumas linhagens isogênicas de camundongo, geneticamente homogêneas, são particularmente suscetíveis do que outras a determinados agentes químicos. Na espécie humana, algumas famílias e algumas raças estão mais sujeitas ao aparecimento de alguns tipos de cânceres. Isto pode ser devido tanto a fatores genéticos quanto ambientais.  

A maioria dos cânceres no homem e em animais de laboratório pode ser dividia em três grupos principais, dependendo da sua incidência por idade:
Embrionários, como neuroblastoma (tumor das células nervosas embrionárias), tumores embrionários do rim (tumores, de Wilm’s), etc.

Aguardem novas postagem a respeito da história natural do câncer, como o câncer mata, como os tumores se apresentam, como diagnosticar e como prevenir.

Bruno Ricardo S. dos Santos
Bacharelando em Biomedicina

Faculdade Nobre de Feira de Santana - FAN